segunda-feira, 13 de abril de 2015
Tudo o que a luz desenha nos invade pelos olhos abertos, mas são os olhos fechados durante o sonho bom que aprisionam em nossa alma as imagens. No instante entre esses dois tempos, se delineiam os contornos de uma doce juventude, e a beleza se desloca dos corpos femininos para a natureza, da natureza para os objetos cotidianos. As janelas – lentes das casas, obstáculos e convites – também têm sua maneira particular de enxergar: na oscilação contínua entre escuridão e claridade, fornecem sempre ao que está dentro o que lhe falta e levam para fora o que lhe sobra. Toda imagem é uma janela entre olhares.
Estevão Azevedo.
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