segunda-feira, 22 de junho de 2015

Solitude

Havia uma velha. Quando ela abria a boca fedia à merda, quando ela se mexia fedia à bosta. Eu a observava há horas, inalando seu odor. Ela me contava de uma prima que tinha prometido levá-la a igreja no domingo passado. Eu pensei, que bom que ela não levou, porque a igreja ia ficar impestiada com o futum da velha. Havia um resto de comida em sua boca, estava lá por horas. Intacto. Fiquei imaginando que horas aquele pedaço de comida velha ia cair.... na hora que ela bebesse um copo d'água? Na hora que ela fosse dormir? Ou alguém que realmente se importasse com algo iria limpar da cara da velha aquela porcaria? Seu olho remelento me encarou, senti um frio na espinha. Velha escrota. Ela me disse: Me leve para fora, agora! Vamos, vamos! Eu empurrei sua cadeira de rodas até o jardim, o sol tocava suavemente o chão. Ela me deu seu caça palavras e lá estava, SOLITUDE. Velha maldita...

Nenhum comentário:

V A L E N T I N A.

V A L E N T I N A.